SUPERTRAMP
Esta é realmente a minha banda favorita dos anos 70. A formação inicial era composta por: Rick Davies (vocal e piano) Roger Hodgson (vocal, guitarra e teclados), Richard Palmer (guitarra, balalaika e vocais) e Robert Millar (percussão, harmônica). O seu estilo harmonioso e a voz inconfundível de Rick Davies faziam-nos por vezes sonhar acordados. Da longa discografia, destaco o que para mim é sem dúvida o melhor disco da banda, "Even in the Quiest Moments" foi um disco recheado de originalidade. Temas como "Babaji", "Give a Little Bit", "Fool's Overture", fizeram a banda roçar pelos tops mundiais. Aqui fica o Historial da Banda:
A banda britânica Supertramp consegue dividir opiniões. Alguns tentam encaixá-la no gênero progressivo por causa de “Fool’s Overture”, uma de suas melhores músicas e que tem mais de 10 minutos de duração. Já outros os vêem como pop graças a hits simples como "Dreamer", "Give a Little Bit" e "The Logical Song". Talvez por isso o grupo nunca chegou ao verdadeiro estrelato, a despeito dos 70 milhões de discos que vendeu até hoje. No auge de sua popularidade, os membros do Supertramp podiam andar na rua sem serem reconhecidos, de tão low-profile que eram. O grupo teve várias formações desde seu início em 1969, patrocinado pelo milionário escocês Stanley August Miesegaes, que juntou os músicos Rick Davies (vocal e piano)Roger Hodgson (vocal, guitarra e teclados), Richard Palmer (guitarra, balalaika e vocais) e Robert Millar (percussão, harmônica). Inicialmente o nome era Daddy, depois mudado para Supertramp inspirado num livro de W.H. Davies, “The Autobiography of a Super-Tramp”. O recém-batizado Supertramp foi um dos primeiros grupos de rock a assinar com A&M Records inglesa, e o primeiro álbum saiu em Julho de 1970. Apesar das boas críticas, foi um fracasso comercial – tanto que só saiu oficialmente nos EUA em 1977. Richard Palmer, desgostoso, resolveu sair seis meses depois do lançamento do primeiro LP, e Robert Millar teve uma crise nervosa logo em seguida. Foram substituídos por Frank Farrell (baixo), Kevin Currie (bateria) e Dave Winthrop (flauta e saxofone). O álbum com esta formação, Indelibly Stamped, enfim trazia as marcas registradas da banda: as harmonias vocais entre Davies e Hodgson, e solos de saxofone. Mas também foi um fracasso de vendas, o que fez com que Miesegaes retirasse o patrocínio. Novamente o grupo debandou, restando apenas Hodgson e Davies. Eles não desistiram. No final de 1972, convocaram o baixista Dougie Thomson, o baterista Bob Siebenberg (que era um americano vivendo ilegalmente na Inglaterra, seu pseudônimo “Bob C. Benberg”) e o homem que deu o toque final ao som do grupo, John Helliwell (saxofone e sopros em geral, vocais). Essa formação lançou "Crime of The Century" em 1974… e FINALMENTE estourou com “Dreamer”, “School”, “Bloody Well Right” e vários outros hits que se mantém até hoje. O disco seguinte, Crisis? What Crisis? de 1975, não foi tão bem, mas Even in the Quietest Moments, de 1977, botou o Supertramp de novo no mapa dos hits com “Give a Little Bit” e “Fool's Overture”. Breakfast in America, de 1979, trouxe mais sucessos ("The Logical Song", "Take the Long Way Home", "Goodbye Stranger", "Breakfast in America") e vendeu 18 milhões de cópias. 1982 foi um ano estranho para o grupo. Após tantos anos de sucesso, Roger Hodgson resolveu puxar o carro logo após a tour de ...Famous Last Words... . Existem várias especulações sobre sua saída, e nenhuma delas convenceu na época. Alguns diziam que Hodgson se sentia musicalmente limitado (o que não se sustenta, já que seus discos solo são bem parecidos com o material habitual do Supertramp); até que, em uma entrevista recente, Hodgson disse que deixou a banda porque a sua esposa na época não se dava bem com a esposa de Rick Davies (se fosse assim, ele poderia ter voltado quando se divorciou; a mulher de Davies causou mais problemas do que muitos poderiam imaginar, como veremos a seguir). Davies resolveu manter a banda na ativa com o álbum Brother Where You Bound, puxado pelo single "Cannonball" – uma música de 16 minutos (a versão que toca nas rádios é cortada) com participação especial de David Gilmour, do Pink Floyd. Mas a coisa, ao vivo, não ia bem. Uma das condições para o grupo manter o nome Supertramp era a de não tocar as músicas compostas por Hodgson ao vivo. Claro que Davis pouco se lixou para essa proibição e continuou executando os hits nos concertos (quem fazia a segunda voz, nessas músicas, era Mark Hart do Crowded House); afinal, seria inconcebível um show do Supertramp em que eles não tocassem "Take the Long Way Home" e "The Logical Song". Em 1993, Davies tentou trazer Hodgson de volta para a banda, sem sucesso. O motivo? Ele só voltaria se a esposa de Davies, Susan, deixasse o cargo de empresária da banda. Davies não topou e a coisa ficou por isso mesmo. Em 1997, Davies reformou o Supertramp com Helliwell, Siebenberg e Hart, mais alguns músicos de estúdio. Essa formação seguiu gravando até 2002, com o álbum Slow Motion. Mas desde então o grupo está parado, a despeito de uma nova, e igualmente fracassada tentativa de voltar à ativa com Hodgson em 2005. O último lançamento oficial deles é a coletânea dupla Retrospectable – The Supertramp Anthology, com 32 faixas remasterizadas e dispostas em ordem cronológica de 1970 a 2002.
Discografia:
Supertramp (1970) Indelibly Stamped (1971) Crime of the Century (1974)
Crisis? What Crisis? (1975) Even in the Quietest Moments (1977)
Breakfast in America (1979) Paris (1980) ...Famous Last Words... (1982)
Brother Where You Bound (1985) Free As a Bird (1987)
Some Things Never Change (1997) Is Everybody Listening? (2001)
Slow Motion (2002) Retrospectable (2005)
Já Venderam mais de 70 milhões de Discos